Qual é o formato da Via Lactea?
E ai HeadNerds, tudo tranquilo ?
Nesse vídeo, vamos falar um pouco sobre a nossa galáxia, a via Lactea.
Você já se perguntou qual é o formato real da Via Lactea?
Assistam ao vídeo em nosso canal no Youtube:
Esse é um assunto bastante complicado e muito discutido no meio da astronomia, pois com o avanço da tecnologia, sempre surge algo novo e controverso quanto a isso.
Porém, quando se para pra pensar no “formato da Via Lactea”, provavelmente, a imagem que vem na cabeça das pessoas, é a mais comum.
No entanto, eu sinto muito ter que te contar isso, mas infelizmente, nenhuma das fotos que aparecem no google são reais.
O motivo é simples, não existe uma “foto” verdadeira da nossa galáxia, porque nós estamos dentro da Via Lactea.
E para se tirar uma foto real, o fotografo teria que estar fora da Via Lactea, ou seja, a pessoa teria que estar olhando a galáxia de cima ou de baixo, tanto faz.
Ai você me pergunta, mas por que não se faz isso?
Bom, meu caro HeadNerd, é aqui que começa a matemática e a história das coisas.
Pois nesse momento, temos que falar sobre alguns dados importantes.
A Via Láctea, que é nossa ilha no universo, ou seja, nossa casa, pode ser vista no céu noturno, como uma faixa mais clara, esbranquiçada que cruza o céu. Isso, caso você esteja em algum lugar com o céu limpo, de preferência sem muita luz por perto, e também sem a luz da lua.
Ela recebeu esse nome dos antigos gregos, que por causa de sua cor branca, a comparavam com um caminho de leite que cruzava o céu, e diziam que esse leite havia sido esguichado pela deusa “Era”, ao se assustar, enquanto amamentava Hércules, pensando que era o seu filho.
Agora indo para os números, nossa galáxia, segundo as medições mais aceitas atualmente, tem aproximadamente 100 mil anos luz de diâmetro, e uma forma espiral.
E para que fosse possível tirar uma foto real dela, o observador deveria estar a uma distância mínima de aproximadamente 200 mil anos luz. E posicionado acima ou abaixo dela.
O que no momento, pelo menos, é impossível, tendo em vista que um ano luz equivale a aproximadamente 9.5 trilhões de quilômetros.
E só pra você ter uma ideia, a Voyager 1, que é o objeto feito pelo homem que está mais distante da Terra, está a aproximadamente, 17 bilhões km daqui, e olha que ela já saiu do sistema solar.
No entanto, é importante ressaltar, que segundo estudos mais recentes, a Via Láctea é pelo menos 30% maior do que o que se imagina e que a forma dela é também um pouco diferente, fazendo dela uma espiral não clássica, e sim mais caótica.
Aí você me fala,
- Isso é muito legal, mas como os astrônomos sabem o tamanho e o formato da Via Láctea já que não podemos vê-la?
Bom, todas as imagens que nós vemos no google, ou em qualquer outro lugar, que se referem a nossa galáxia, são representações feitas digitalmente, criadas a partir de estudos feitos pelos astrônomos.
- Mas pera ai, como são esses estudos? Você me pergunta.
Vamos lá, a Via Láctea, que é composta por mais de 100 bilhões de estrelas e é uma galáxia espiral com uma idade estimada em mais de 13 bilhões de anos, período no qual passou por várias fases evolutivas até atingir sua forma atual.
E para sabermos o formato da galáxia, pode se imaginar esse problema usando a seguinte analogia:
Imagine-se dentro de um quarto com as janelas fechadas, ai você quer saber o tamanho da casa onde está. Nesse caso, você poderia simplesmente sair da casa e olhar pelo lado de fora.
No entanto, sendo esse quarto a Via Láctea, essa opção não é possível no momento, portanto, só resta a outra opção, que é a de abrir a janela, e olhar as casas e prédios da vizinhança, ou seja, nessa analogia, isso significa observar as galáxias vizinhas.
E essa é uma das formas, que os astrônomos fazem para ter uma boa ideia de como é o formato da Via Láctea.
Existem vários tipos de estudos, como os feitos através das medições das estrelas pelo catalogo Gaia, que conta com mais de um milhão de estrelas já catalogadas através de um amplo estudo de astrometria e os estudos dos marcadores, como os locais aonde estrelas massivas se formam.
Porém, só de olhar para o céu noturno e ver a faixa branca, pode-se deduzir 2 coisas, a primeira é que a Via Láctea deve ser plana, pois do contrário, todo o céu seria cheio de estrelas ou completamente vazio, e não concentradas em uma faixa.
A segunda conclusão é que como essa faixa vai de uma ponta a outra no céu, significa que provavelmente não estamos na borda da galáxia, porque se estivéssemos, a imagem no céu seria mais ou menos essa.
E é dessa forma, que os astrônomos conseguem deduzir que estamos em algum lugar entre a borda e o centro da galáxia.
Sabendo-se que as galáxias são divididas em 4 tipos distintos, sendo elas, as galáxias em espiral, as em espiral barrada, as elípticas e a galáxias irregulares.
Portanto, através da observação das outras galáxias com os mais poderosos telescópios que temos hoje, junto com as análises feitas da nossa própria galáxia, chega-se à conclusão de que estamos em uma galáxia plana.
Eliminando assim as elípticas e a galáxias irregulares. Portanto, agora como saber se a nossa é espiral ou espiral barrada?
Lembrando que uma observação direta do centro da nossa galáxia, feita através de luz visível, é algo muito difícil, pois a poeira existente no caminho, atrapalha e muito essa observação.
Portanto, essa medição é feita através da observação de outros espectros de luz, que vão desde os raios gama até as ondas de rádio.
E para isso, é usada a medição do Hidrogênio, que é principal elemento na composição das estrelas. E que por sorte, emite uma luz que se sobrepõe a poeira estalar.
Além disso, o efeito Doppler, ou Red Shift, que é usado para medir as trajetórias das estrelas, já que com esse efeito, é possível saber com precisão suas distancias de nós, e saber quais estão se aproximando e se distanciando.
O efeito Doppler é um fenômeno que ocorre quando existe a aproximação ou afastamento relativo entre uma fonte e um observador. Basicamente, quando você está parado em um lugar, e passa uma ambulância ou polícia com a sirene ligada, quando a viatura está se aproximando, o sirêne vai ficando mais alta e intensa, tendo seu ápice e em seguida começando a diminuir, conforme vai se distanciando.
Com o efeito de Red Shift ou Blue Shigft, acontece o mesmo, no entanto, é com o comprimento de onda de luz, ou seja, quando esta se distanciando, pende para a cor vermelha Red Shigt, e quando se aproxima, pende para o azul Blue Shift.
E é através dessas medições, que os cientistas conseguem saber que estamos em uma galáxia espiral e também fazer as medições do tamanho de nossa galáxia.
É isso ai HeadNerds,
Essa matéria foi dedicada a nossa galáxia, nossa cantinho nesse universo gigantesco.
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E eu gostaria que vocês deixassem nos comentários, ideias de assuntos que querem que falemos, e comentem também se estão curtindo o canal, pois ai vamos saber se estamos fazendo certo.
Muito obrigado.
Valeu Head Nerds,
Fui...
Fontes variadas.